Em entrevista cedida ao Jornal do Almoço na RBS TV Pelotas,quarta-feira, dia 28, o prefeito Municipal Adolfo Fetter Jr., ao ser questionado sobre a saúde Municipal, ficou exposto à atual situação de falta de médicos e de profissionais da área, baixa remuneração destes, concursos públicos que não supriram a demanda, e, é claro, a “famosa” superlotação.
“Prefeito, isso vai ter fim?” Perguntou a repórter. “O fim é difícil de prometer, mas vai ter uma melhora importante”, respondeu Fetter. E ele ainda fantasiou: “Estamos trabalhando… A prefeitura tem 46 postos de saúde e mais sete dentro das universidades, portanto temos uma boa cobertura”. Ele ainda afirma que a UBAI Navegantes já está suprindo a demanda entre o Postinho e o Pronto Socorro (o que não é verdade!) E a prefeitura terá recurso para mais duas UPAS, uma no areal e uma no centro.
Segundo Fetter, o que falta hoje na saúde são recursos Federais e Estaduais que vem em volume insuficiente às prefeituras. “Mas a incompetência de maus gestores e a falta de planejamento adequado não são citados por ele por quê?” Questiona Duglas Bessa, presidente do SIMP. “No programa denominado “Estratégia da Saúde da Família” diminuíram, substancialmente, as equipes por “extrema” incompetência do governo municipal. Ou seja, não diminuiu o repasse Federal, mas sim a competência de cumprir exigências de ter médicos e profissionais da saúde para manter e expandir o Programa”, conclui Duglas.
“Por que faltam profissionais? Se em 2008 e em 2011 foram realizados Concursos Públicos com profissionais aprovados? Faltam trabalhadores porque falta condição de trabalho, faltam materiais adequados”… “Hoje temos trabalhadores na saúde que não recebem sequer o salário mínimo nacional como padrão inicial, e os que são técnicos – cientifico, nos últimos anos, tem seus salários reajustados pela inflação, ou seja, há anos estão sem ganho real. E, a parcela SIA-SUS – reivindicação anual do SIMP não é reajustada há mais de dez anos”, conta Duglas.
A falta de médicos e de outros profissionais da saúde sobrecarrega as Unidades Básicas de Saúde, sem falar que não podemos considerá-las como um “serviço essencial” na igualdade do que é atribuído a um pronto socorro, também o Hospital Escola, que tem seus serviços mantidos de forma ininterrupta e que são os serviços próprios de atendimentos de urgência e emergência. Se as UBS fossem, abririam aos finais de semana, feriados e outras datas que fecham.
De acordo com o Plano Municipal de Saúde, são unidades que prestam um serviço de atenção básica à saúde “(…) que realizam, além das ações de promoção da saúde e prevenção, consultas médicas e de enfermagem (clínica-geral, pediatria, ginecologia/obstetrícia), atendimento odontológico e atendimentos básicos (vacinas, curativos, etc)”.
Para reorganizar a saúde em Pelotas é necessária uma administração competente, à altura da necessidade que a cidade impõe. Isso não é visto no prefeito Fetter, não somente no tema saúde, mas em diversos temas, como trânsito, educação, segurança pública, baixos salários aos municipários… Pontos que iremos abordar nas próximas matérias.
Por: Mariângela Paz - Via SIMP/Pelotas
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