O Clube dos Anjos é uma comédia que conta a história de dez homens que se entregam por completo ao prazer da GULA. Ramos, Abel, João, Marcos, Saulo, Paulo, Pedro, Samuel, Daniel e Tiago se reuniam, quando adolescentes, no Bar do Alberi, para comer o picadinho de carne com farofa de ovo e banana frita. E assim fundaram o Clube do Picadinho, que, durante 21 anos, se reuniam mensalmente para jantares cada vez mais sofisticados, mas o fim foi a morte de cada um dos membros do Clube.
Daniel, o próprio autor, é quem narra a história, pois ele é o único sobrevivente do Clube, além de Lucídio, o cozinheiro e executor dos crimes. Os dois se conheceram num café de um shopping, na época o clube do picadinho já tinha perdido o tesão pelos jantares, principalmente pelo fato da morte de Ramos, que fora substituído por André. Mas Lucídio reavivou esse grupo, com suas histórias da sociedade secreta que treina gourmet para o preparo do peixe venenoso Fugu, e com seus deliciosos pratos, que a cada jantar mensal, era preparado. Um menu especial da preferência para um dos membros era preparado em cada jantar. Todos feitos por Lucídio e na casa de Daniel. Ao final, sempre sobrava apenas mais uma porção. Sem hesitar, aquele que tinha a preferência pelo prato do mês, era o que comia essa última porção e morria envenenado.
Mesmo depois de tantas hipóteses, mesmo com as certezas de que Lucídio os envenenava, um a um, pelo prazer da gula, o tesão de correr o risco valia a pena.
Daniel, o próprio autor, é quem narra a história, pois ele é o único sobrevivente do Clube, além de Lucídio, o cozinheiro e executor dos crimes. Os dois se conheceram num café de um shopping, na época o clube do picadinho já tinha perdido o tesão pelos jantares, principalmente pelo fato da morte de Ramos, que fora substituído por André. Mas Lucídio reavivou esse grupo, com suas histórias da sociedade secreta que treina gourmet para o preparo do peixe venenoso Fugu, e com seus deliciosos pratos, que a cada jantar mensal, era preparado. Um menu especial da preferência para um dos membros era preparado em cada jantar. Todos feitos por Lucídio e na casa de Daniel. Ao final, sempre sobrava apenas mais uma porção. Sem hesitar, aquele que tinha a preferência pelo prato do mês, era o que comia essa última porção e morria envenenado.
Mesmo depois de tantas hipóteses, mesmo com as certezas de que Lucídio os envenenava, um a um, pelo prazer da gula, o tesão de correr o risco valia a pena.
Eles perderam tudo, eram fracassados, e sabiam que, a cada janta, era um a menos. Ao final, já se sabia quem ia morrer, e eles próprios planejavam seus velórios após comerem a fatídica última e única porção de seu prato favorito. O que só Daniel, Samuel e Tiago ficaram sabendo, foi o porquê das mortes. Samuel envenenou Ramos, a pedido dele, pois o mesmo estava com AIDS. Lucídio, seu amante de Paris, quis vingança, e assim matou a todos que Samuel amava: os membros do Cube do Picadinho, para depois mata-lo por último.
E o livro termina com uma proposta feita a Daniel e Lucídio, de organizar jantares e festas para pacientes terminais, e matá-los com seus prazeres, fosse à gula, o sexo, etc.
Luis Fernado Verissimo é um excelente e criativo escritor. Neste livro ele ironiza o desejo de comer misturado ao prazer, ao tesão de saber que ao se entregar a este pecado, o resultado é a morte. A trama deixa o leitor aflito e curioso, pois as mortes vão acontecendo, e as hipóteses vão sendo criadas, porém a verdade só é revelada nas últimas páginas, o que causa uma grande hilária surpresa ao leitor. As citações de Shakespeare (Rei Lear) durante os capítulos do livro, dão uma sensação de suspense.
Ato quatro, cena um: “Como moscas para meninos maus somos nós para os deuses, eles nos matam para seu divertimento”. Este é o mistério do livro: o clube do Picadinho são as moscas, Lucídio e Samuel são os meninos maus.
Veríssimo dá várias pistas do mistério, dicas como a de que Ramos era amante de Lucídio, e muito amigo de Samuel. E o ódio entre os dois (Lucídio e Samuel) era evidente, além das citações de “Rei Lear” que eram feitas pelos dois como se fosse combinado, mas sem que um olhasse para o outro. Mas o fim, particularmente para mim, foi surpreendente. Mais surpreendente ainda foi a descrição do desejo de comer e morrer, que fora perfeitamente escrito na frase da sinopse do livro: “Não é todo dia que se quer ouvir uma crocante fuga de Bach, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias se quer comer. A fome é o único desejo reincidente, pois a visão acaba, a audição acaba, o sexo acaba, o poder acaba, o poder acaba, mas a fome continua.”
E o livro termina com uma proposta feita a Daniel e Lucídio, de organizar jantares e festas para pacientes terminais, e matá-los com seus prazeres, fosse à gula, o sexo, etc.
Luis Fernado Verissimo é um excelente e criativo escritor. Neste livro ele ironiza o desejo de comer misturado ao prazer, ao tesão de saber que ao se entregar a este pecado, o resultado é a morte. A trama deixa o leitor aflito e curioso, pois as mortes vão acontecendo, e as hipóteses vão sendo criadas, porém a verdade só é revelada nas últimas páginas, o que causa uma grande hilária surpresa ao leitor. As citações de Shakespeare (Rei Lear) durante os capítulos do livro, dão uma sensação de suspense.
Ato quatro, cena um: “Como moscas para meninos maus somos nós para os deuses, eles nos matam para seu divertimento”. Este é o mistério do livro: o clube do Picadinho são as moscas, Lucídio e Samuel são os meninos maus.
Veríssimo dá várias pistas do mistério, dicas como a de que Ramos era amante de Lucídio, e muito amigo de Samuel. E o ódio entre os dois (Lucídio e Samuel) era evidente, além das citações de “Rei Lear” que eram feitas pelos dois como se fosse combinado, mas sem que um olhasse para o outro. Mas o fim, particularmente para mim, foi surpreendente. Mais surpreendente ainda foi a descrição do desejo de comer e morrer, que fora perfeitamente escrito na frase da sinopse do livro: “Não é todo dia que se quer ouvir uma crocante fuga de Bach, ou amar uma suculenta mulher, mas todos os dias se quer comer. A fome é o único desejo reincidente, pois a visão acaba, a audição acaba, o sexo acaba, o poder acaba, o poder acaba, mas a fome continua.”