segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Microsoft apresenta ‘A Próxima Geração de Jornais’

Do Site Comunique-se

“A Próxima Geração de Jornais”. É dessa maneira que a Microsoft chama o projeto apresentado à Associação Americana de Jornais, com possíveis soluções para a geração de receitas pelos sites jornalísticos. De acordo com a proposta, “o futuro da mídia será relacionado com o futuro do software” e os veículos de comunicação terão que se adaptar a um novo modelo de negócios, com novas plataformas de produção e distribuição.

“As experiências em mídia digital são distribuídas por uma combinação de conteúdo, software e serviços que ajudam os usuários a descobrir e trocar informações”, diz o projeto.


Para a Microsoft, o futuro dos jornais será de coexistência entre conteúdo editorial e gerado pelos usuários, “combinando as forças dos dois”. As informações serão disponibilizadas em pacotes, como os jornais e canais de TV; ou em partes, como os serviços de RSS ou arquivos para download. “Vendas, assinaturas e anúncios publicitários continuarão sendo as principais fontes de renda”.

A proposta da empresa é um canal de informações, que agregue conteúdo de diferentes fontes de acordo com o perfil do usuário. Ele deverá ser acessível em qualquer dispositivo, tanto online como offline; e ajudar o usuário a navegar pelas informações, com links, recomendações e buscas semânticas.

Crie um jornal personalizado pelo Twitter

Publicado por Comunique-se

O Twitter Times oferece um serviço que organiza as informações recebidas pelo Twitter. Em vez de listar mensagens em ordem cronológica, a ferramenta cria uma página, com o layout de um site jornalístico, com as informações ordenadas de acordo com a popularidade.

“Um jornal construído para você, em tempo real, baseado na sua comunidade no Twitter”, diz o vídeo de apresentação do serviço.

O site funciona da seguinte maneira. O Twitter Times analisa os perfis dos usuários ligados a uma conta e organiza as informações geradas por eles, de acordo com critérios de importância, popularidade e novidade.

Para criar o seu jornal, visite o site e cadastre a sua conta.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Jornalismo da Famecos é o melhor do Sul

Por Rodrigo Pizolotto

O curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (Famecos) é o mais bem avaliado da região Sul do Brasil. O ranking é do “Guia Imprensa – As melhores faculdades de jornalismo do Brasil”, elaborado pela revista Imprensa.


Segundo o periódico, foram consideradas a titulação e experiência profissional do corpo docente, infraestrutura e experiência laboratorial, o projeto pedagógico e presença no mercado. A avaliação foi obtida através de pesquisa com editores de cada região, que indicaram quais faculdades se destacam nos processos seletivos profissionais.


“A colocação alcançada mostra que a Famecos está no caminho certo. Em um patamar mais elevado que o diploma de jornalista está o conhecimento técnico e teórico dos alunos”, afirma a coordenadora do curso, Cristiane Finger Costa.

O estudo levou em conta também projetos que tenham o reconhecimento do mercado e estejam em constante atualização com as novas exigências da visão profissional atual, com as atribuições agregadas ao jornalista, os novos postos de trabalho, o domínio sobre as diversas plataformas e tecnologias digitais. A edição de outubro da Revista Imprensa publicará os resultados.

Google lança mais um serviço

Publicado por G1


Internautas podem 'folhear' conteúdo on-line com novo Google Fast Flip.


Páginas de notícias na web se parecem com as de jornais impressos. Gigante de busca fechou parceria com 30 editoras para lançar serviço.


Leia mais aqui

Para conhecer ferramenta, clique aqui.

Cientistas descobrem que realidade virtual ajuda a aliviar dor

Notícias Yahoo Brasil Tecnologia
Por Ben Gruber


SEATTLE, Estados Unidos (Reuters) - O adolescente Jordan Robinson tem de enfrentar dores lancinantes desde que uma acrobacia tentada no quintal de sua casa saiu errado, mas o tratamento com realidade virtual propiciou algum alívio para suas dores.


Robinson, 18, e seus amigos, achavam que poderia ser divertido disparar flechas em chamas contra sacos cheios de gasolina instalados no quintal de casa, mas a ideia provou ser muito perigosa e o conduziu ao hospital com queimaduras severas em ambas as pernas.


"Já tinha quebrado ossos, feito todo tipo de coisa, e nunca tinha sentido dor como essa", disse ele à Reuters TV.

Robinson está recebendo morfina, mas também tem acesso a uma ferramenta incomum na maioria dos hospitais, redução da dor por realidade virtual.

Enquanto as enfermeiras manipulam seu corpo cicatrizado e dolorido em sessões de fisioterapia, os pensamentos de Robinson estão bem longe, imersos em um mundo gelado criado em computador por meio de realidade virtual.

Normalmente ele sofreria fortes dores enquanto suas pernas queimadas são forçadas a se estender e dobrar durante a fisioterapia, mas no mundo virtual Robinson está ocupado demais jogando bolas de neve em pinguins e homens de neve, e por isso mal percebe a dor.


"Ajuda bastante. Não esperava que fosse assim tão útil. Jamais fiz algo de parecido, mas não esperava que fizesse tanta diferença assim", afirmou ele.

Robinson deve agradecimentos a Hunter Hoffman, o diretor do Virtual Reality Research Centre, na Universidade de Washington, pelo alívio adicional de suas dores. Foi Hoffman que criou o "SnowWorld".

"O que a realidade virtual oferece a eles é um lugar para o qual possam escapar. Quando uma pessoa está sofrendo dores, existe uma tendência natural a querer deixar a sala, ou escapar daquilo que esteja causando essas dores", disse Hoffman, que continua a trabalhar para refinar as técnicas que desenvolveu.

"No caso em questão, precisamos que o corpo fique parado durante as sessões, mas a mente pode escapar para o 'SnowWorld', e a pessoa tem a ilusão de estar vivendo naquele mundo gerado por computador. Isso reduz a atenção recebida pelos sinais de dor", disse ele.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Investir em mídias sociais aumenta receita de empresas, diz estudo

Publicado por Comunique-se


Segundo uma pesquisa realizada pela Altimer Group e Wetpaint, as empresas que investem em mídias sociais apresentam melhores resultados e receitas. A pesquisa foi feita com as 100 empresas mais valiosas do mundo, apontadas pela Business Week.

O investimento em mídias sociais representou um crescimento, em média, de 18% nos últimos 12 meses. As empresas que investiram menos ou se mostraram pouco engajadas diminuíram 6%, em média, na receita no mesmo período.

Starbucks, Dell, eBay, Google e Microsoft lideram a lista das empresas mais engajadas na mídia social e com melhores resultados, seguidas pela Thomson Reuters, Nike, Amazon, SAP, Tie - Yahoo!/Intel.

O estudo considerou como mídias sociais canais como blogs, Facebook, Twitter, wiki e fóruns de discussão.

A pesquisa está disponível no hotsite. Além do estudo, os interessados podem participar de uma enquete, para comparar sua empresa com outras do mesmo segmento, com as 100 tops da Business Week e saber que tipo de estratégia é a mais adequada para seu negócio.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Divergência de opiniões - Parte 2

Jornalismo não é só escrever bem
Por Humberto Azevedo - Publicado na FENAJ
Resposta ao texto de Carlos Brickmann

É por este comentário que a imprensa brasileira é uma porcaria, a categoria a todo instante é desrespeitada e alguns Zé Manes oriundos de outras áreas são tão acariciados e aplaudidos, quando deveriam ser execrados.


Vou eu querer exercer o direito de defesa do Direito universal de outrem sem possuir número na OAB, para ver se não me processam. É muito fácil falar. Mas e as várias gerações que a partir de 69 se dedicaram a estudar, digo, estudar o que sempre foi o discurso da direita, para conseguir uma colocação profissional melhor e aí não conseguem nada porque uns pistoleiros ocupam suas vagas pela amizade, pelo contato social ou simplesmente pelo desprezo dos patrões aos estudados e às leis.


E isso só ao abordarmos a Pequena Grande Imprensa. Pois, se fomos analisar o comportamento da Grande Pequena e Média Imprensa, percebermos uma qualidade baixa, vagas ocupadas por pessoas que nem sequer possuem o ensino fundamental completo com salários sendo pagos nos valores do mínimo, do menor salário do País, ou um pouquinho mais, com uma carga horária exercida como a de um balconista de varejo.


Eu não considero o Sr. “Diobobo My Nardes” meu colega de profissão. Ele é um pára-quedista, um bocoió que agrada a pobre elite brasileira com seus textos fantasiosos que miram na Europa e nos EUA o perfil a ser seguido. Nada mais que uma cópia da velha tradição odiosa colonial que persiste no Brasil do século 21. Arnaldo “Jaburu” um jornalista como eu? Nunca cumpriu uma pauta policial ou sequer compreendeu que texto jornalístico é informativo e não poético, literário ou qualquer baboseira que agrada aos ouvidos e olhos ignorantes de uma classe social que por ter dinheiro acredita estar acima da lei.


Jornalista foi Barbosa Lima Sobrinho que entrevistado por mim dois meses antes de morrer afirmara que jornalista é aquele que defende a pátria de todos aqueles parias que entregam a Nação como um gigolô entrega sua mulher como uma prostituta para o mais abastado. Barbosa Lima Sobrinho, criador da Associação Brasileira de imprensa, na defesa da categoria daqueles que produziam informações, não era simplesmente um brilhante advogado que se fez na redação e sim o contrário.Jornalismo não é só escrever bem. Senão todos os romancistas, poetas, contistas etc seriam brilhantes jornalistas. Jornalista é aquele cidadão que não se conforma com a mediocridade de uma sociedade e quer a todo o momento fuçar, investigar, buscar, publicar e INFORMAR aquilo que a sociedade não quer ver ou perceber.Jornalista não é ser papagaio da moral, da falta de ética ou simplesmente um mero noticiador do que aconteceu com aquela sociedade que a própria quer ouvir.


Jornalista, a exemplo do meu mestre Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, é um cidadão privilegiado que não o é por ter atingido os cargos mais cobiçados numa empresa midiática e sim porque não pára de querer transformar o seu meio em algo melhor, mesmo que para isso tenha que se passar por louco, chato ou inconveniente.


O diploma de jornalista não faz um jornalista integralmente, mas é o melhor caminho para se evitar que o famoso Quem Indica, tão praticado em nossa terra, coloque nas redações pessoas que não têm nada a ver com o processo de produção de notícias. O diploma deve ser algo básico exigido para os que se propõem a exercer uma profissão tão importante e séria. Com a decisão estúpida da maioria dos babacas da apequenada suprema corte, a grande comemoração foi daqueles que burlaram o sistema, são amigos dos donos da imprensa e dos próprios donos dos botecos de cachaça que produzem informação manipulada com o único objetivo de defender seus interesses.Eu como profissional diplomado lamento a decisão.


A mim a estúpida decisão não me afetará em nada. Como empresário do meio, até que posso ter gostado, mesmo sendo um pequeno proprietário de empresa jornalística. O deixe levar do mercado, tão propalado e defendido, acarretará num achatamento maior dos salários da profissão. Tirando as “estrelas”, os operários das informações verão seus proventos diminuírem mais ainda, se isto é possível e será. A briga indigesta que os sindicatos profissionais da categoria já entravam contra a toda poderosa mesa do patronato ficará ainda mais enfraquecida.


Com a queda de vez da obrigatoriedade do diploma para o exercício profissional, o teto salarial instituído pelos sindicatos nas diversas unidades da Federação que já não eram cumpridos pela grande maioria da pequena e média imprensa será motivo de risada dos que contratam. Agora, o teto salarial virou piada definitiva. O grande problema do País é querer que todas as funções sejam seguidas exemplarmente pelos que estão no topo, quando deveria ser o contrário. Os que estão no topo significam uma parcela ínfima e desprezível da realidade. O maior exemplo disso vem da grande paixão dos brasileiros: o futebol. O atual formato do Calendário promovido pela CONFEDERAÇÃO Brasileira privilegia apenas os grandes clubes e os atletas empregados nestes clubes. Os clubes pequenos, maiores empregadores, participam de apenas três meses dentro do calendário.


A questão é a mesma. Todos se preocupam com o modelo: Folha de S. Paulo; O Globo; O Estado de S. Paulo; Estado de Minas; Zero Hora etc. e esquecem por completo que as maiorias dos profissionais irão estar presentes nas pequenas e médias empresas. A estes são relegadas as selvagerias do mercado.Um exemplo claro é demonstrado em Brasília, capital federal da República, onde o teto salarial instituído pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) é de R$ 1800,00. Porém, um jornal diário, Tribuna do Brasil, paga a seus repórteres, amplamente formados até então por estudantes de jornalismo, estagiários, e até mesmo, antes mesmo da decisão que desobriga o diploma como requisito básico para o exercício profissional, de pessoas sem o nível médio, os valores de R$ 450,00.


O que acham que acontecerá de agora em diante? Talvez, os valores a serem pagos, reduzam para formalmente o valor do salário mínimo e com a carga horária igual à de um atendente de loja e não mais como se previa na extinta lei dos milicos às seis horas estabelecidas.


Parabéns aos que parabenizaram a estúpida decisão do STF. O mercado agora é livre. Bom para os que estão nas faculdades de jornalismo e que tem tempo de saltarem e migrarem para algum outro curso que lhes dê garantias de classe e reserva de mercado e ainda poderão exercer a profissão de jornalista.

Divergência de opiniões - Parte 1

Muito barulho por nada
Por Carlos Brickmann - Publicado no Observatório da Imprensa

O Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional o decreto-lei nº 972, de 17 de outubro de 1969. Que é que diz este decreto? Citemos seu início:
Decreto-Lei n º 972, de 17 de outubro de 1969 - Dispõe sobre o exercício da profissão de jornalista.


OS MINISTROS DA MARINHA DE GUERRA, DO EXÉRCITO E DA AERONÁUTICA MILITAR, usando das atribuições que lhes confere o artigo 3º do Ato Institucional nº 16, de 14 de outubro de 1969, combinado com o § 1º do artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, DECRETAM:


Art 1º O exercício da profissão de jornalista é livre, em todo o território nacional, aos que satisfizerem as condições estabelecidas neste Decreto-Lei.


Enfim, há muita gente chateada por ter perdido a liberdade gentilmente concedida pelos senhores ministros integrantes da Junta Militar que governava o país (e que, na ocasião, rejeitavam o nome de Junta Militar: queriam ser conhecidos como "ministros militares no exercício provisório dos poderes da Presidência da República". O deputado Ulysses Guimarães simplificou a denominação: imortalizou-os como "Os Três Patetas").


Mas o tal decreto-lei cuja extinção tantos agora lamentam já foi extinto há muitos anos.

Profissionais oriundos de outras áreas, como Arnaldo Jabor, Diego Mainardi, Emir Sader, trabalham sem problemas, e há muito tempo, em órgãos de imprensa. E o decreto-lei não faz falta – a não ser para os que cursaram faculdade de jornalismo em busca do diploma, e não do conhecimento.


Muitos protestam por ter gasto dinheiro numa faculdade cujo diploma se tornou desnecessário, ou por ter perdido anos de sua vida no estudo. Estão errados: exercer o jornalismo exige conhecimento, não um canudo de papel com o nome escrito em letras góticas. Se a faculdade de jornalismo der este conhecimento, terá cumprido sua missão, terá dado retorno ao investimento de tempo e de dinheiro. Quem exerce dignamente a profissão de jornalista, com ou sem diploma, jornalista é.


Não é preciso reservar mercado para quem tiver condições de competir no mercado. O Fernando Gabeira jamais precisou de diploma; o Ricardo Kotscho também não. Para quem quiser ser um bom jornalista bastam os conhecimentos adquiridos dentro ou fora da faculdade. Quanto ao diploma, podem até esquecer-se de ir buscá-lo.


É curioso que ninguém tenha dito, desta vez, que os patrões lutaram pela revogação do decreto-lei 972 para poder pagar menores salários. Conheço o Fernando Gabeira e o Ricardo Kotscho desde a década de 1960; os dois sempre estiveram entre os maiores salários da Redação, em todos os veículos em que trabalharam. E não se diga que os não-formados são os preferidos dos patrões porque sua ética é mais flexível. Os dois exemplos citados funcionam também aqui.


O problema, acredito, é que o Brasil se acostumou às regulamentações. Aqui tivemos lei de imprensa e censura à imprensa antes de termos imprensa. Tivemos generais comandando a extração de petróleo antes que petróleo houvesse para ser extraído (e, de passagem, incomodando pioneiros que queriam trabalhar, como Monteiro Lobato). Nos Estados Unidos, existem faculdades de jornalismo, mas o diploma não é obrigatório. E, embora toda a nossa formação jornalística se baseie na americana, não prescindimos das ordenações que pretendem tudo regulamentar, e que lá não existem.


Ah, os regulamentos! Pois não é que os mesmos oficiais-generais que generosamente regulamentaram o exercício da profissão de jornalista cuidaram também de regulamentar o que os jornalistas poderiam publicar? Um texto engraçadíssimo, que vale a pena pesquisar, é o de regulamentação das revistas de mulher pelada. Está escrito que, nas fotos, poderia aparecer um mamilo nu; dois, não. Mas, se a foto fosse feita com camiseta molhada, ambos os mamilos poderiam aparecer através do tecido. Pelos púbicos, nem pensar. E ficavam proibidas as fotos de nádegas frontais.


Alguém já terá visto nádegas frontais?

terça-feira, 30 de junho de 2009

Gatos da Redenção estão sendo mortos



Publicado no Blog Bicharada do ClicRBS

Por: Francesca Romani

Branquela, a gatinha malhada da foto foi a última vítima de fatos misteriosos que vêm acontecendo no Parque Farroupilha. Uma sucessão de gatos estão aparecendo mortos desde a reunião com o vice-prefeito e autoridades políticas e do parque no dia 23 de abril de 2009, onde foi discutido o destino dos felinos que vivem lá.


Branquela foi morta em uma madrugada muito fria e chuvosa, a 200 metros da administração do local e da casa dos guarda-parques. Ela tinha a coluna partida e algumas perfurações pelo corpo.

Ela era uma gatinha ágil e temperamental, corajosa, que enfrentava e batia em cachorro de médio porte e encontrou (ou foi encontrada) por um canino de grande porte. Como no parque não existem cães agressivos à solta, surge a pergunta: de onde apareceu o animal que a matou?


Mimí, a outra gatinha preta e branca da foto, também apareceu morta. Ela era dócil, mas sabia se defender. Assim como vários outros gatos ao longo desses meses.


O que está acontecendo? Onde está a vigilância?


Se alguém sabe algum fato que pode contribuir para o fim da morte de nossos gatos, denuncie. É a vida de dezenas desses animais inofensivos que está em jogo.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

STF derruba exigência do diploma para o exercício do Jornalismo

Publicado por FENAJ

Em julgamento realizado nesta quarta-feira, dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal deu provimento ao Recurso Extraordinário 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo. Neste julgamento histórico, STF pôs fim a uma conquista de 40 anos dos jornalistas e da sociedade brasileira, tornando não obrigatória a exigência de diploma para exercício da profissão. A Executiva da FENAJ se reúne nesta quinta-feira para avaliar o resultado do julgamento e traçar novas estratégias da luta pela qualificação do Jornalismo.

Às 15h29min desta quarta-feira, o presidente do STF e relator do Recurso Extraordinário RE 511961, ministro Gilmar Mendes, apresentou o conteúdo do processo encaminhado pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de São Paulo e Ministério Público Federal contra a União, tendo a FENAJ e o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo como partes interessadas. Após a manifestação dos representantes do Sindicato patronal e da Procuradoria Geral da República contra o diploma, e dos representantes das entidades dos trabalhadores - FENAJ e SJSP - e da Advocacia Geral da União, houve um intervalo. No reinício dos trabalhos em plenário, às 17h5min, o ministro Gilmar Mendes apresentou seu relatório e voto pela inconstitucionalidade da exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. Dos 9 ministros presentes, sete acompanharam o voto do relator. O ministro Marco Aurélio votou favoravelmente à manutenção do diploma.

Golpe contra a sociedade
O presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul, José Maria Rodrigues Nunes, lamenta a decisão, dizendo que "oito ministros foram responsáveis por desrespeitar uma categoria com 80 mil profissionais no Brasil". A seu ver, a atitude representa um golpe contra a sociedade e a educação no Brasil.

"O relatório do ministro Gilmar Mendes é uma expressão das posições patronais e entrega às empresas de Comunicação a definição do acesso à profissão de jornalista", reagiu o presidente da FENAJ, Sérgio Murillo de Andrade. "Este é um duro golpe à qualidade da informação jornalística e à organização de nossa categoria, mas nem o Jornalismo nem o nosso movimento sindical vão acabar, pois temos muito a fazer em defesa do direito da sociedade à informação", completou, informando que a Executiva da FENAJ reúne-se nesta quinta, às 13h, para definir novas estratégias.

Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e integrante da coordenação da Campanha em Defesa do Diploma, também considerou a decisão do STF um retrocesso. "Mas mesmo na ditadura demos mostras de resistência. Perdemos uma batalha, mas a luta pela qualidade da informação continua", disse. Ela lembra que, nas diversas atividades da campanha nas ruas, as pessoas manifestavam surpresa e indignação com o questionamento da exigência do diploma para o exercício da profissão. "A sociedade já disse, inclusive em pesquisas, que o diploma é necessário, só o STF não reconheceu isso", proclamou.

Além de prosseguir com o movimento pela qualificação da formação em Jornalismo, a luta pela democratização da Comunicação, por atualizações da regulamentação profissional dos jornalistas e mesmo em defesa do diploma serão intensificadas.

Votaram contra a formação profissional:
- Gilmar Mendes, - Carmen Lúcia Antunes Rocha, - Ricardo Lewandowski, - Eros Grau, - Carlos Ayres Britto, - Cezar Pelluso, - Ellen Grace - Celso de Mello.

O único voto favorável ao diploma:
- Marco Aurélio Mello.

Exemplo de dignidade
A RW Mídias/Agência Radioweb, que transmitiu o julgamento, encerrou desta forma o seu trabalho:
"Agradecemos a sua companhia. A RW Mídias/Agência Radioweb permanecerá admitindo apenas jornalistas formados".




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MINHA OPINIÃO:


Que País é esse? Minha indiginação como acadêmica de Jornalismo, QUASE Jornalista, é tamanha...Me sinto extremamente ofendida!

Do pouco que conheço da nossa rotina de Jornalista, mas o suficiente para exercer um bom Jornalismo, tenho plena convicção da importância da Universidade, do diploma, para exercer a profissão corretamente e dignamente.

Como podemos ser tão desprezados? A ponto de qualquer pessoa poder exercer a nossa profissão...Sem conhecimento técnico algum, sem nunca ter sentado numa cadeira acadêmica?

Eu não consigo acreditar que pessoas como o Ministro Gilmar Mendes, e os demais que presidem e participam do Supremo Tribunal Federal, com o conhecimento e inteligência que possuem, podem achar desnecessário o diploma para o profissional que lida com as informações? Algo precioso e necessário para a população pode ser manipulado por "qualquer um"?

Definitivamente, estou MUITO indiginada!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Twitter como forma de divulgação das empresas

Esse vídeo foi produzido pelos acadêmicos de Jornalismo da PUCRS, para o Canal Fam do site CyberFam.


Gabriel Arévalo e Mariângela Paz

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Supremo marca julgamento do diploma para o dia 17/06

Mais uma vez, o Supremo Tribunal Federal adiou o julgamento do Recurso Extraordinário 511961, que trata da obrigatoriedade ou não do diploma de graduação em jornalismo para o exercício da profissão. Foi adiado para a próxima quarta-feira (17/06) É a terceira vez que o processo é incluído na pauta.

Em duas oportunidades o julgamento foi adiado por falta de tempo. É possível que isso volte a acontecer, já que o recurso é o quinto tema da pauta. Nesta quarta-feira (10/06), o alongamento na análise dos casos Goldman e Mensalão foi o motivo do adiamento.

E nós Jornalistas ficamos aqui na expectativa desse absurdo...Vamos ou não vamos ser reconhecidos?

Informações: Site Comunique-se q STJ

Ralcoh Comunicação lança “Press Release Social 2.0”

Notícia extraída do site COMUNIQUE-SE

A Ralcoh Comunicação criou um novo formato de release, o “Press Release Social 2.0”. O modelo possui um novo layout, com botões para acesso da conta da agência de comunicação no Youtube, Twitter e Feed RSS e links para compartilhamento das notícias.

Além de imagens em alta resolução, lista de links, sala de imprensa, galeria de fotos, Feed de Notícias e site do cliente, o release traz botões que permitem que a informação seja compartilhada pelo Digg, Reddit, Del.icio.us e Stumble Upon, Twitter e Facebook.

Cada release é ilustrado por avatares dos responsáveis pelo atendimento da conta, com todas as informações para contato.

De acordo com a agência, o objetivo é facilitar o acesso de blogueiros aos releases e informações dos clientes, além de criar novos canais de comunicação com os jornalistas.

Para visualizar o novo formato, clique aqui.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Comunicação multimídia: as habilidades do profissional do futuro

Do site Comunique-se
Por Izabela Vasconcelos

Ouvir, planejar e engajar. Esses são três passos que o profissional de comunicação deve usar para ter sucesso na comunicação multimídia. De acordo com o diretor da Ogilvy PR, John Bell, os profissionais dessa área devem seguir alguns passos essenciais para alcançar o público das redes e comunidades sociais de maneira eficaz.

“Para o sucesso na comunicação multimídia você precisa usar todas as redes sociais, ouvir o que as pessoas têm a dizer on e offline e buscar as melhores formas de engajamento ”, afirmou Bell, que apresentou cases que a agência desenvolveu, no 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, nesta quarta (28 de maio de 2009), na capital paulista.

Um deles foi o case da Lenovo, terceira maior fabricante de computadores, que como patrocinadora das Olimpíadas de Pequim, buscava se destacar com um trabalho diferenciado e inovador. “Convidamos 100 atletas participantes dos jogos olímpicos, de 25 países, para criarem um blog e postarem relatos das Olimpiadas”, relata.

A experiência agradou aos atletas, que nunca tinham feito algo parecido, e que geraram 1.500 posts, além dos comentários de pessoas do mundo inteiro. A ação divulgou a marca Lenovo, que criou um aplicativo no Facebook, uma página exclusiva para reunir os blogs dos atletas e um perfil no Twitter.

Outro case relatado foi o da Fundação Lance Armstrong, do atleta conhecido como ícone da luta contra o câncer. “A Fundação Lance Armstrong é uma instituição modesta, com um grupo pequeno de colaboradores, mas conseguimos que ela estivesse presente em todos os mercados por meio das redes sociais”, conta Bell.

Para divulgar a fundação, a Ogilvy investiu em um blog oficial, além do Flickr, Twitter, My Space, Facebook, YouTube, entre outras ferramentas das novas mídias.

“O Brasil é dos países que mais explodem em adoção de novas mídias. Vocês devem aproveitar a oportunidade, o país tem muito potencial”, afirmou.

Para finalizar sua apresentação, o executivo disse que os comunicadores devem estar atentos ao mundo on e offline, participar de conversas nos dois ambientes e adotar novos formatos na comunicação. “É importante que esse profissional saiba lidar com diferentes formatos, porque os jornalistas aceitam bem isso. Também devem saber administrar comunidades e estar atentos às pessoas que têm capital social nas redes”.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A crise nos telejornais e no ensino de telejornalismo

Do site Comunique-se
Antonio Brasil(*)


Tenho publicado diversos artigos sobre a crise nos telejornais. Após mais de meio século de hegemonia e “comodismo”, o modelo está desgastado, a audiência despenca e o público envelhece. Hoje, assistir a um telejornal é programa de velho. A TV e os telejornais, na forma como os conhecemos, têm futuro incerto. Se os responsáveis pelo seu presente não fizerem nada, a TV não terá futuro. Pode virar rádio. Não deixa de existir. Mas deixa de ser o principal meio de comunicação. Em relação ao ensino de jornalismo de TV a situação é ainda pior. No passado, divulguei artigo que visava a analisar, apresentar soluções e provocar os responsáveis pelos nossos cursos de telejornalismo (A crise no ensino de jornalismo). Apesar das críticas do autor, o artigo era otimista.

Fiz questão de lembrar que o ideograma chinês para "crise" é a combinação de dois símbolos que significam “perigo” e “oportunidade”. Ou seja, apesar da crise, dos riscos e dos perigos podemos estar diante de uma grande “oportunidade” para melhorarmos os telejornais e o ensino de telejornalismo.

Assim como os telejornais, os cursos de jornalismo precisam mudar para sobreviver. Ao invés de cursos engessados com excesso de disciplinas de “generalidades” disfarçadas como disciplinas “humanísticas”, deveríamos permitir que os alunos de jornalismo escolhessem suas próprias “generalidades”. No atual modelo tudo é obrigatório e tudo cabe. Da Sociologia à Antropologia, da Filosofia aos cursos de Primeiros Socorros e de Defesa Pessoal, tudo é essencial para o futuro jornalista. Na visão generalista predominante, tudo é fundamental para a formação do jornalista. Tudo, menos o jornalismo.

Química e MatemáticaTambém creio que a ênfase excessiva em teorias de comunicação, principalmente para alunos nos primeiros períodos, é desperdício de tempo e recursos limitados e preciosos. Pior ainda. É forte motivo para um dos maiores problemas dos cursos de jornalismo: a evasão. A procura pelo glamour da profissão ainda é grande. Mas é proporcional à decepção com a maioria dos cursos. Essa evasão é ainda mais acentuada entre os melhores alunos de jornalismo. Aqueles alunos e alunas que já possuem a veia crítica, o faro jornalístico e o sentido da indignação tão típicos da nossa profissão.

Engessado e pouco criativo, o curso de jornalismo tende a valorizar os “bons” alunos. Ou seja, aqueles que cumprem tarefas teóricas e burocráticas das disciplinas “humanísticas, mas que jamais serão jornalistas. Muitos não possuem a paixão pela profissão ou pela reportagem. No formato atual, o curso de Comunicação e Jornalismo se transformou em ponto de encontro dos alunos “perdidos”. Aqueles que ainda não sabem quem são no presente ou o que querem fazer no futuro. Em comum, a única certeza: “odiamos Física, Química e Matemática”.

A Globo e a crise Hoje, os professores de jornalismo estão sendo convidados a participar do III Seminário Temático Globo/Intercom que acontece entre 01 e 04/07, no Rio de Janeiro. Ver aqui matéria do Comunique-se. “A criação e produção dos programas, as estratégias de programação e agendamento, interação editorial, a rede, as afiliadas e a cobertura especial estarão em pauta”, diz a divulgação do seminário.

Mas se a TV e o jornalismo enfrentam uma de suas maiores crises de identidade e credibilidade, imaginem o reflexo nas salas de aula. O cenário da crise na TV, no Telejornalismo e no ensino de jornalismo pode ser analisado pelas seguintes perspectivas: 1. Teoria realista. O telespectador ou/e aluno está satisfeito e não merece nada melhor.

2. Teoria pessimista. Em TV, telejornalismo e em nossas universidades nada muda e nada se cria. Tudo se copia.

3. Teoria derrotista. Não é possível “experimentação” em telejornais e nas universidades. Não iria dar certo mesmo.

4. Teoria de desajustamento. “Trabalho ou ensino telejornalismo. Mas odeio TV, telejornais e ainda mais, alunos e telespectadores”.

5. Teoria da ignorância. “Não vi, não conheço e não gosto”.

6. Teorias importadas. É sempre mais fácil e cômodo ensinar teorias criadas em outros países e ignorar a nossa realidade e os desafios da “prática” jornalística em nosso país.

7. Teorias conspiratórias. O jornalismo e principalmente a TV são responsáveis por todos os males do mundo. O telejornalismo manipula e desinforma. A TV e o Telejornalismo não deveriam existir.

8. Teoria do saudosismo. A TV e os telejornais eram muito melhores no passado. Defesa de uma cultura ilusória, de um tempo que jamais existiu. Não há nada a fazer: o presente e o futuro serão sempre piores.

9. Teorias neoluditas. As mudanças, as novas tecnologias e principalmente as novas promessas são perigosas, vão nos decepcionar e nos aprisionar. Devem ser evitadas.

10. Teorias de desconstrução. “Sou contra as inovações. Não crio, não faço nada e não deixo ninguém fazer”.

Só se aprende fazendoNesse cenário, como convencer os alunos da importância e relevância do jornalismo de TV em meio a tantas notícias de perda de audiência, desinteresse dos jovens e decadência geral? A situação é difícil. Mas, talvez, também seja uma ótima oportunidade para reavaliarmos os nossos objetivos e repensarmos nosso futuro.

O ensino de jornalismo pode e deve contribuir para a solução dessa crise.

Segundo o Prof. John Pavlik, uma das maiores autoridades no estudo de novas tecnologias, “o ensino de jornalismo ainda se baseia em modelos do final do século XIX e a maioria dos currículos das escolas de jornalismo segue as linhas tecnológicas do século XX.”

O problema é que já estamos no século XXI e os alunos de jornalismo, que não são bobos, percebem essa defasagem. A crise se torna inevitável.

Em minha opinião, a principal discussão sobre o ensino de jornalismo costuma estar centrado em premissas equivocadas. Ao invés de insistirmos em velhas armadilhas como a prioridade das disciplinas humanísticas ou teóricas sobre as disciplinas práticas ou parâmetros subjetivos e pouco precisos de qualidade, deveríamos desenvolver conceitos de “competência e criatividade.”

Pesquisar e testar novas metodologias de ensino e novos formatos de programas jornalísticos tendo como “parceiros” as emissoras de TV, pode ser uma solução. Em vez de “fábrica” de jornalistas, os nossos cursos poderiam ser “laboratórios” para a experimentação de novos formatos e linguagens audiovisuais. Afinal, os profissionais que estão no mercado possuem tanta responsabilidade quanto os professores na formação dos futuros jornalistas e no desenvolvimento de novas propostas para o jornalismo de TV.

No quadro atual, por motivos muitas vezes ideológicos, profissionais e pessoais, professores e profissionais do mercado estão lutando uma guerra em trincheiras próximas, porém opostas. O clima é de desconfiança, desconhecimento e indiferença.

Como disse um velho editor de TV ao receber um dos meus melhores alunos na redação para o primeiro estágio: “esqueça tudo que você aprendeu na faculdade. Telejornalismo só se aprende fazendo”.

Fiquei pasmo. Mas não fiquei surpreso! Essa é a cultura predominante em nossas redações. O ensino da prática jornalística está defasado no tempo e no espaço. E os professores de jornalismo, principalmente aqueles que lidam com o meio televisivo, estão afastados do mercado há muitos anos e desconhecem os problemas e as técnicas de uma nova realidade.

Educadores nas redaçõesPor outro lado, nesse cenário de guerra, os professores de jornalismo contra-atacam nas universidades com críticas viscerais contra o jornalismo praticado nas redações de hoje. Os ataques costumam ser ainda mais fortes contra o jornalismo do meio hegemônico: a TV.

Em outras oportunidades, sugeri que houvesse parcerias entre os cursos de jornalismo e as TVs para que os professores pudessem voltar às redações. Não como meros visitantes em um Simbah Safári. Mas como profissionais qualificados que podem ser “reciclados” periodicamente e que também podem contribuir para analisar, criticar e melhorar as rotinas profissionais com sua visão mais experiente, distanciada e crítica. Tive oportunidade de participar de programas semelhantes patrocinados pela Radio and TV News Director Foundation nos EUA.

Ao invés de criticar e desprezar o ensino de jornalismo de TV, os responsáveis pelo jornalismo das TVs americanas tentam colaborar na reciclagem dos professores telejornalismo.

Eles oferecem um programa chamado “Educators in the Newsroom” ou “Educadores na Redação”. A idéia do programa é bastante simples. Um comitê de profissionais de TV, jornalistas e acadêmicos selecionam professores de telejornalismo das universidades americanas que estejam interessados em ser “reciclados”. É um processo de seleção longo, detalhado e muito competitivo.

Esse programa tem o cuidado de preparar os professores para o inevitável choque cultural e tecnológico. Os organizadores também oferecem uma série de palestras e workshops na sede da fundação em Washington para que os professores veteranos aproveitem ao máximo essa oportunidade.

Esse encontro preparativo também é uma chance para que a velha guarda possa interagir com outros professores nas mesmas condições e com jovens profissionais do mercado. Depois, cada um dos professores selecionados será designado para trabalhar em uma TV local americana durante quatro semanas. A idéia é substituir um jornalista da ativa que esteja em período de ferias. A RTNDF e as TVs locais dividem as despesas e pagam um salário condizente com as funções.

Para a empresa, é um ótimo negócio. Eles recebem na redação um jornalista veterano disposto a aprender, trocar experiências e fazer uma consultoria externa. Em troca, os jornalistas na redação têm a oportunidade de conviver com uma visão mais acadêmica, crítica e até mesmo histórica de questões importantes para a profissão.

A idéia do programa é realmente simples e todos saem ganhando com a parceria entre as TVs, os professores e a instituição com apoio da RTNDF.

O programa já existe há 8 anos, tem atualizado inúmeros professores, além de ser responsável pela publicação de diversas pesquisas e bons livros sobre essa experiência de mestiçagem entre os jovens e velhos jornalistas.

É claro que tem muito jornalista que deve chegar na redação procurando o linotipo, o telex, as câmeras de filmagem ou os velhos preconceitos. Mas os resultados são positivos e os alunos de jornalismo que precisam de bons professores, obviamente, agradecem.

Ou seja, precisamos definir a identidade das escolas de jornalismo, seus objetivos e partir para soluções viáveis.

Salvar telejornaisNada contra discussões intermináveis sobre a crise no jornalismo, no ensino da profissão ou sonhos irrealizáveis de um jornalismo utópico.

Mas é chegada a hora de enfrentarmos nossos problemas e experimentarmos novas idéias. Não temos problemas para ensinar “teorias” ou “generalidades”.

A nossa grande dificuldade é ensinar a prática jornalística nas universidades. Nossos laboratórios são precários e os professores não são preparados para ensinar as rotinas profissionais. Há um paradoxo persistente no ensino de jornalismo: afinal, como ensinar a prática? Por outro lado, as empresas de comunicação brasileiras não contribuem para o ensino. Ignoram seus problemas, criticam seus professores e desprezam seus projetos pedagógicos. Mas na hora de contratar seus profissionais não hesitam em privilegiar as boas instituições de ensino superior, principalmente as instituições públicas.

Em termos de identidade, deveríamos aprimorar o modelo de “escolas de jornalismo” no Brasil. O jornalismo e o ensino de jornalismo buscam identidade e boas parcerias no mercado.

Ensinar teoria ou generalidades é sempre mais fácil e econômico. Nada contra. Mas em nossas escolas de jornalismo, deveríamos dedicar mais tempo, recursos e pesquisa na busca de novas técnicas de ensino do jornalismo. Não faltam boas ideias. O que falta é apoio para experimentação e para a comprovação de resultados. Ou seja, menos discussão e mais ação e soluções. Não temos tempo a perder.

Se os chineses confirmarem sua milenar sabedoria, apesar da crise, podemos estar diante de uma grande oportunidade para salvar nossos telejornais.




(*) É jornalista, professor de jornalismo da UERJ e professor visitante da Rutgers, The State University of New Jersey. Fez mestrado em Antropologia pela London School of Economics, doutorado em Ciência da Informação pela UFRJ e pós-doutorado em Novas Tecnologias na Rutgers University. Atualmente, faz nova pesquisa de pós-doutorado em Antropologia no PPGAS do Museu Nacional da UFRJ sobre a "Construção da Imagem do Brasil no Exterior pelas agências e correspondentes internacionais". Trabalhou na Rede Globo no Rio de Janeiro e no escritório da TV Globo em Londres. Foi correspondente na América Latina para as agências internacionais de notícias para TV, UPITN e WTN. É responsável pela implantação da TV UERJ online, a primeira TV universitária brasileira com programação regular e ao vivo na Internet. Este projeto recebeu a Prêmio Luiz Beltrão da INTERCOM em 2002 e menção honrosa no Prêmio Top Com Awards de 2007. Autor de diversos livros, a destacar "Telejornalismo, Internet e Guerrilha Tecnológica", "O Poder das Imagens" da Editora Livraria Ciência Moderna e o recém-lançado "Antimanual de Jornalismo e Comunicação" pela Editora SENAC, São Paulo. É torcedor do Flamengo e ainda adora televisão.