O Plenário foi integrado por professores e alunos do Curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas; Representantes de entidades como o Cáritas Pelotas, a SEAD (Sociedade Assistencial Dona Conceição); o COMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente). Também participaram o vereador Ivan Duarte (PT); a Pró-Reitora de Graduação da UCPel professora Myrian Cunha; o professor Rubens Bellora, Diretor do Curso de Ciências jurídicas e Econômicas e Sociais da UCPel, entre outros.
O presidente Milton Martins destacou a importância do profissional Assistente Social que tem um compromisso com a população de democratizar, esclarecer, respeitar e informar. “Queremos encaminhar idéias para a melhoria dos atendimentos do Assistente Social, e para melhores condições de trabalho e de vida para esse profissional, que deve ser cada vez mais reconhecido e compreendido”, afirmou o Vereador.
A Coordenadora do Curso de Serviço Social da UCPel, professora Cristine Ribeiro falou da importância desse debate com a população para esclarecer a profissão que, muitas vezes se confunde com a assistência social. “A assistência pode ser dada por qualquer pessoa, não exige garantias; já o Assistente Social é um profissional com uma formação acadêmica que está preparado para garantir os direitos e deveres da população, e auxiliar para a garantia de implantação de políticas públicas. Garantir os Direitos é um Dever do Assistente Social”, completou Cristine.
A presidente do Conselho Regional de Serviço Social, Marcia Rodrigues afirma que o Assistente Social passa por desafios diários, e que a sua preparação é muito importante para o bom desempenho de sua profissão, “principalmente o conhecimento efetivo de seu código de ética e conduta, para não cometer deslizes”, completou Marcia.
A representante da Rede de Atendimento dos Assistentes Sociais da UCPel, Maria Cristine Barbiere disse ainda que o Assistente Social deve fazer uma reflexão diária sobre o que realmente são as redes de atendimento. Ela afirma que são modelos substitutivos ao modelo tradicional, o Hospital Psiquiátrico. É a divisão de um único lugar de atendimento, em diversos lugares, para um atendimento ao usuário conforme sua necessidade e vontade. “A rede de atendimento vai além da medicação e internação, ela busca inserir o usuário na sociedade, participando das redes sociais como um todo”, completou Maria Cristine.
Elisabete Dias, da Secretaría Municipal de Cidadania e Assistente Social destacou que “o profissional, pela importância de sua atuação na sociedade, dever ser mais valorizado e melhor remunerado. Deve conquistar a autonomia de sua atuação, sempre lembrando que a desigualdade se combate com os direitos”, lembrou a Secretária.
Uma das idéias do vereador proponente é a implantação do Plantão Social na Câmara de Vereadores de Pelotas, que, em conjunto com a UCPel pretende disponibilizar um Assistente Social para auxiliar os usuários na garantia de seus direitos e no encaminhamento de ações necessárias. “Queremos acabar com a política de assistencialismo que a Câmara possui, e disponibilizarmos uma alternativa de rede de atendimento aos necessitados”, afirmou Milton Martins.
O professor do Curso de Serviço Social da UCPel, Jairo Nogueira, é o coordenador do projeto “Plantão Social”, e afirma que “não iremos criar um pronto socorro de atendimentos e assistencialismo, pelo contrário, queremos uma alternativa para fortalecimento das redes de atendimento dos assistentes Sociais. E junto com esse projeto proposto pelo presidente do Legislativo, queremos inserir mais projetos como cursos de capacitação para os servidores da Casa, cartilhas de esclarecimentos de direitos e deveres da cidadania, entre outros”, concluiu o Professor.
Por: Jornalista Mariângela Paz
Registro Profissional: 15209 MTE/SRT-RS
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