sábado, 22 de janeiro de 2011

PELOTAS DEBATE O PRÉ-SAL E O RIO GRANDE DO SUL

Na manhã desta terça-feira (26) Pelotas foi sede do Seminário "Pré-Sal e o Rio Grande do Sul - Oportunidades para a Indústria, Trabalhadores e Sociedade". O evento, que já aconteceu em outras cidades, nessa edição, foi realizado no auditório da Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

A abertura oficial foi feita às 09h00 com a palavra do anfitrião, o reitor da UCPel, Alencar Proença. Depois o evento foi mediado pelo deputado Estadual Ronaldo Zülke (PT), representante da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa.

Zülke destacou as oportunidades que os industriais gaúchos têm com a exploração do pré-sal. “Trata-se de uma extraordinária riqueza. Parte dos recursos auferidos contemplará programas de combate à pobreza, enfrentamento das mudanças climáticas e desenvolvimento da educação, cultura, saúde e ciência e tecnologia”, afirmou o Deputado.

Os debatedores do evento: Ernesto Casares Pinto, o vice-reitor da Universidade Federal de Rio Grande, Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustíveis, Marcus Coester, coordenador do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás e Energia da FIERGS, Cesar Borges, reitor da Universidade Federal de Pelotas, e Renato Louzada Meireles, pró-reitor de Extensão do Instituto Federal Sul, falaram sobre a oportunidade e os investimentos do Pré-sal na nossa região (Rio Grande e Pelotas).

Segundo Miguel Rossetto, a Petrobras trabalhará como operadora única destas áreas, e o ritmo de investimentos para capacitar a estatal à exploração do produto exigirá maior velocidade da cadeia do petróleo e gás para suprir contratos da estatal, e é aí que entra o empresariado do Rio Grande do Sul. "O petróleo continuará tendo papel essencial nos próximos 20 anos. No Brasil, o consumo de petróleo evoluirá de 1,95 milhão (2008) para cerca de 3,0 milhões (2030) de barris por dia", afirmou Rossetto.

Marcus Coester apresentou dados da FIERGS de ampla participação nesse novo ciclo de gás e petróleo no Brasil, "o que falta é a organização e a mobilização dos empresários gaúchos", alertou Coester.

Ernesto Pinto, vice-reitor da Universidade Federal de Rio Grande, Cesar Borges, reitor da Universidade Federal de Pelotas e Renato Louzada Meireles, pró-reitor de Extensão do Instituto Federal Sul, como representantes da rede de ensino da região sul, afirmaram que o governo federal tem investido muito na área da educação e desenvolvimento científico e tecnológico, permitindo assim, uma melhor preparação de mão de obra qualificada que hoje já é escassa nas áreas de engenharias, tecnologias e cursos que envolvem o tema pré-sal.

Também estiveram presentes no evento o Presidente da Câmara de Vereadores de Pelotas, Milton Martins, o vereador Ivan Duarte (PT) e a vereadora, eleita deputada estadual, Miriam Marroni (PT).

O que é o Pré-Sal

A camada pré-sal é um gigantesco reservatório de petróleo e gás natural, localizado nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo (região litorânea entre os estados de Santa Catarina e o Espírito Santo). Estas reservas estão localizadas abaixo da camada de sal (que podem ter até 2 km de espessura). Portanto, se localizam de 5 a 7 mil metros abaixo do nível do mar. Estas reservas se formaram há, aproximadamente, 100 milhões de anos, a partir da decomposição de materiais orgânicos.

Futuro

Se forem confirmadas as estimativas da quantidade de petróleo da camada pré-sal brasileira, o Brasil poderá se transformar, futuramente, num dos maiores produtores e exportadores de petróleo e derivados do mundo. Porém, os investimentos deverão ser altíssimos, pois, em função da profundidade das reservas, a tecnologia aplicada deverá ser de alto custo. Acredita-se que, somente por volta de 2016, estas reservas estejam sendo exploradas em larga escala. Enquanto isso, o governo brasileiro começa a discutir o modelo de exploração que será aplicado.

Por: Jornalista Mariângela Paz
Registro Profissional: 15209 MTE/SRT-RS
Matéria publicada no Blog da Bancada do PT em 26/10/2010

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